
O Ministério da Educação (MEC) homologou o Parecer CNE/CP nº 4/2024, aprovado pelo Conselho Pleno do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estabelece as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissionais do Magistério da Educação Escolar Básica. A decisão abrange cursos de licenciatura, formação pedagógica para graduados não licenciados e segunda licenciatura, conforme o Projeto de Resolução anexado.
Principais Mudanças nas Diretrizes Curriculares
Adequação das Instituições de Ensino Superior (IES)
As IES terão um prazo de dois anos para se adequarem às novas diretrizes. Os alunos matriculados até a data da homologação terão o direito de concluir seus cursos de acordo com as normas vigentes na época de sua matrícula. Contudo, novos alunos deverão seguir as novas diretrizes a partir da homologação.
Disciplinas Presenciais
As disciplinas do núcleo II (específicas) deverão ser ofertadas, no mínimo, 50% de forma presencial. Esta medida visa garantir uma formação prática e sólida para os futuros professores.
Novo Instrumento de Avaliação
Haverá um novo Instrumento de Avaliação para as licenciaturas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos cursos. O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) das licenciaturas será realizado anualmente. Além disso, alunos de segunda licenciatura também deverão participar do ENADE.
Segunda Licenciatura
Os cursos de segunda licenciatura terão uma carga horária mínima variável de 1.200 a 1.800 horas, dependendo da equivalência entre a formação original do aluno e a nova licenciatura desejada. Este ajuste proporciona maior flexibilidade e adequação às necessidades dos estudantes.
Formação Pedagógica (R2)
O Programa de Formação Pedagógica (R2) só poderá ser ofertado por cursos que possuam nota mínima de 4 na avaliação do MEC. Este programa deverá ter uma carga horária de 1.600 horas, com duração mínima de dois anos, reforçando o compromisso com a qualidade na formação de professores.
Impacto e Expectativas
Estas novas diretrizes representam um marco significativo para a formação de professores no Brasil. Com a implementação das mudanças, espera-se uma elevação dos padrões educacionais e uma melhor preparação dos futuros docentes para enfrentar os desafios da sala de aula.
Nossa IES já está se organizando para adaptar seus currículos e infraestruturas às novas normas. A expectativa é que essas medidas resultem em uma melhoria na qualidade da educação básica, essencial para a construção de um sistema educacional mais eficiente e inclusivo.